
Não quero a tristeza do poeta devorador de angústias vendidas no sebo nem a alegria eufórica de um alienado qualquer frente às piadas fast-food dos programas televisivos de domingo. Eu quero o que eu não quero querer. Quero você. Você imaginado, pintado, criptografado pelo meu pensamento. Não quero sua essência nua e crua, assada ou cozida ao molho pardo. Quero os fragmentos que minha memória selecionou, tudo o que ela guardou, quero quem ela inventou. Quero o "você-eu", o "você-meu", dispenso o "você-seu". Agora que te criei você está solto por aí, dentro de mim.
"De você sei quase nada"[...]
Sei quase-muito, quase-tudo de um outro, que é você.
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