quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Boa, Hamlet!

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Morrer... dormir... nada mais! E com o sono, dizem, terminamos o pesar do coração e os conflitos, herança da carne. Que fim poderia ser mais devotamente desejado? Morrer... dormir. Dormir, talvez sonhar. Sim, eis a dificuldade. Porque no sono da morte, que sonhos podem sobrevir quando nos tivermos libertado do torvelinho da vida?


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- Então, HamIet... onde está Polônio?

- Ceando.

- Ceando? Onde?

- Não onde come, onde é comido. Certo congresso de vermes políticos está agora com ele.

- Ai!

- Um homem pode pescar com o verme que comeu um rei... e comer o peixe que se nutriu do verme.

- Que queres dizer?

- Nada. Mostrar-vos como um rei pode circular nas tripas de um mendigo.


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Que obra-prima é o homem! Nobre pela razão! Infinito em faculdade! Em formas e movimentos, é expressivo e maravilhoso! Nas ações, parece um anjo, na inteligência, um deus! A maravilha do mundo! Protótipo dos animais! E para mim, que significa essa quintessência do pó? O homem não me deleita...

(Hamlet - Franco Zeffirelli)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Diante de uma tela widscreen que em nada se assemelha ao formato do seu rosto:

- Acredito que a nossa ciberdiscussão sobre o assunto não pode ser satisfatória, seja pelas dificuldades da linguagem escrita somada às nossas falhas suposições, seja pelo caráter não-presencial que me impossibilita de interromper com um beijo qualquer assunto mal resolvido (mesmo sem a intenção de solucionar os ruídos na comunicação, experimentaríamos o extrapolar do nosso universo simbólico ambíguo e superficial).

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009