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Morrer... dormir... nada mais! E com o sono, dizem, terminamos o pesar do coração e os conflitos, herança da carne. Que fim poderia ser mais devotamente desejado? Morrer... dormir. Dormir, talvez sonhar. Sim, eis a dificuldade. Porque no sono da morte, que sonhos podem sobrevir quando nos tivermos libertado do torvelinho da vida?
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- Então, HamIet... onde está Polônio?
- Ceando.
- Ceando? Onde?
- Não onde come, onde é comido. Certo congresso de vermes políticos está agora com ele.
- Ai!
- Um homem pode pescar com o verme que comeu um rei... e comer o peixe que se nutriu do verme.
- Que queres dizer?
- Nada. Mostrar-vos como um rei pode circular nas tripas de um mendigo.
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Que obra-prima é o homem! Nobre pela razão! Infinito em faculdade! Em formas e movimentos, é expressivo e maravilhoso! Nas ações, parece um anjo, na inteligência, um deus! A maravilha do mundo! Protótipo dos animais! E para mim, que significa essa quintessência do pó? O homem não me deleita...
(Hamlet - Franco Zeffirelli)